25.7.06

É rir para não chorar: "Suzane vai fabricar prendedor de roupa"

Por Danilo de Almeida
Noticia original em: Folha online

Condenada a 39 anos de reclusão e seis meses de detenção pela morte dos pais, Suzane von Richthofen, 22, deverá fabricar prendedores de roupa, manualmente, durante sua permanência no Centro de Ressocialização de Rio Claro (175 km de SP).

O serviço, de segunda a sexta, por oito horas diárias, deverá lhe render salário de R$ 262,50 mensais e redução de um dia em sua pena a cada três trabalhados, de acordo com a legislação brasileira. Os últimos acertos devem ser feitos nesta semana pela direção da unidade. Anteriormente, Suzane havia trabalhado no ambulatório da mesma prisão, agendando consultas, e com artesanato.

De acordo com funcionárias da prisão, o trabalho com prendedores de roupa é a opção às detentas quando terminam as vagas nas outras oficinas, como corte e costura, enfermaria, cosméticos, tricô e crochê, além de serviços internos.

"A Suzane está aguardando a decisão da diretora [do Centro de Ressocialização]", afirmou Denivaldo Barni, ex-tutor da garota.

A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) informou que a Penitenciária 2 de Tremembé (138 km de SP), onde estão recolhidos os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, também oferece trabalho e estudo aos detentos, mas não especificou de que tipo. A pasta não esclareceu, entretanto, o trabalho a ser feito por Suzane e, eventualmente, pelos Cravinhos. Segundo a assessoria, o órgão não pode fazer pronunciamentos sobre cada preso, individualmente.

O promotor Nadir de Campos Júnior, que atuou na acusação, disse que ficou surpreso com o fato de Suzane ter conseguido um emprego "tão rápido" no sistema carcerário. Ele voltou a afirmar que ela "não chorou em momento nenhum no júri, nem depois de ouvir a sentença".

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